30 anos

FANZINE TCHÊ | Filme faz homenagem a resistência dos fanzineiros e ao público

O filme já teve exibições feitas na Feira do Livro de Porto Alegre, 2018, e participou até o momento de 3 mostras e festivais: 2º Mostra do Filme Marginal, Mostra Peibê 2018 e em abril estará no 6º Cineserra.
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O filme documentário, de curta-metragem “Fanzine Tchê: 30 Anos de Resistência”, vai mostrar o pioneirismo durante toda sua jornada no Brasil. E uma entrevista com o seu principal editor e idealizador, Denilson Reis, e outros artistas que colaboraram para a relevância desta publicação. Além de focalizar o quanto essas parcerias renderam e se converteram em grandes amizades que perduram até os dias de hoje, trinta anos depois. Ou seja, um resgate de memórias desses verdadeiros heróis da resistência.

"A realização deste filme não será uma homenagem fechada aos 30 anos do Fanzine Tchê, nossa intenção é homenagear também o público e todos os realizadores fanzineiros."

Sobre o Tchê

Em 1987. Denilson Reis e Paulo Sonemann, moradores de Alvorada, Rio Grande do Sul, eram dois jovens amigos, e tinham algumas coisas em comum: gostavam de histórias em quadrinhos, cinema e de música. Depois de assistirem juntos, o filme "Conan o Bárbaro", Denilson convidou o amigo Paulo para criarem uma publicação sobre o tema, que não eram muito comuns na grande mídia. No formato de um um fanzine, na qual ambos seriam os editores. O nome escolhido foi Tchê. Os dois fariam tudo: a pauta, contatos com artistas, para fazerem as artes, redigiriam, catariam imagens de jornais, fariam a diagramação, as cópias e a distribuição, de mão em mão ou via correio.

No espírito do “faça você mesmo”, os dois fanzineiros foram abrindo caminho e mostrando sua publicação para o mundo com disposição suficiente para não deixar o Tchê parar de circular.

Nos anos 80 Denilson conheceu Alexandre Doepree, outro fanzineiro, que era leitor do Tchê. Alex e Denilson formaram uma dupla que transfomou o Tchê em uma das publicações mais duradouras da história dos fanzines brasileiros.

O Tchê reuniu em suas páginas um time muito grande de colaboradores nesses trinta anos. Muitos desses se destacaram posteriormente no mundo dos quadrinhos como Henry Jaepelt, que desenhou a primeira capa, Daniel HDR, um adolescente de treze anos na época, e que hoje desenha para o mercado norte-americano. Laudo Ferreira Jr, Gervásio Santana, Silvio Ribeiro, Marcos Freitas, enfim, a lista é quase infinita. E foi essa variedade de artistas que fez do Tchê um fanzine não só duradouro, mas que também aproximou muitas pessoas que se tornaram amigos até os dias de hoje, trinta anos depois.