Mesmo sendo mais sombrio do que a maioria dos filmes da Marvel Studios, Guardiões da Galáxia Vol. 3 prova que a Marvel só precisa das pessoas certas nos lugares e momentos certos para entregar o que velhos e novos fãs precisam. O diretor James Gunn - agora livre leve e solto para pensar somente nas produções do novo DCEU - não apenas redigiu uma carta de amor e despedida para os personagens cósmicos presentes no filme, como furou algumas bolhas nesse processo. 

Primeiro a produção acerta ao trazer à luz do diálogo temas como religião, política, fraternidade, solidão, amor, desprezo. É como se tudo fosse jogado em um liquidificador espacial e servido em doses homeopáticas ao longo de duas horas e meia - sem contar com os volumes 1 e 2 de Guardiões da Galáxia, que passam a dar real sentido à catarse da terceira parte.

De forma assertiva, James Gunn apresenta uma habilidosa combinação entre elementos simples e complexos, preservando a essência da série que se destaca pela química entre seus personagens e por narrativas descontraídas. Assim como em Velozes e Furiosos, temos um filme onde o senso de família é essencial para a trama, unindo personagens com passados turbulentos em torno de um objetivo em comum. 

Peter Quill/Senhor das Estrelas (Chris Pratt), Gamora (Zoe Saldana), Drax (Dave Bautista), Rocket Raccoon (Bradley Cooper), Groot (Vin Diesel), Mantis (Pom Klementieff) e Nebulosa (Karen Gillan), Sean Gunn (Kraglin) e até a cadelinha Cosmo (Maria Bakalova) possuem uma sinergia em tela que provavelmente demoraremos a testemunhar novamente. Foram quase nove anos maturando uma obra - assim como foi feito entre o primeiro Homem de Ferro e Vingadores Ultimato.

Entre as adições à trama dos Guardiões, temos um polêmico Adam Warlock (Will Poulter). Conversando com um jornalista e amigo, na saída do cinema, o que ouvi foi: “temos um Adam Warlock retirado do início de sua trajetória nos quadrinhos, um ‘bebezão’ com muito a evoluir no MCU. Talvez tenhamos testemunhado um ensaio sobre o que será o Superman Legacy também”, avaliou Allan Fernandez mirando o projeto de James Gunn para o Homem de Aço, previsto para 2025.

Sobre o humor caraterístico dos Guardiões, esse detalhe permanece intacto. As músicas que impulsionam as cenas de ação estão lá, assim como as dancinhas peculiares. Porém, tudo está sob uma ótica mais melancólica, que se faz evidente desde o primeiro frame do filme, afinal, estamos em uma montanha-russa de comédia e drama que, certamente, vai te arrancar lágrimas.

Embora a montagem do filme seja boa, não é algo que agrade a todos. Alguns espectadores podem sair do cinema sentindo que Adam Warlock não teve um papel muito bem definido, mas o filme é (e nem foi vendido como) uma produção centrada no "Messias da Marvel", mas sim uma espécie de prelúdio do personagem. Warlock é fundamental em uma sequência importante no início do filme, mas permanece em segundo plano até o desfecho do terceiro ato. Enquanto Gunn pode ter enfrentado dificuldades para criar uma trama convincente para Warlock, isso não aconteceu com os outros personagens, que brilham em momentos individuais.

Com um roteiro escrito com muito coração, James Gunn reforça em "Guardiões da Galáxia Vol. 3" que, independentemente de quem nos criou ou para qual finalidade, o mais importante na vida é viver nossa jornada ao lado das pessoas que amamos. O filme é uma celebração emocionante do poder da família e do amor verdadeiro, provando mais uma vez que a franquia dos Guardiões é muito mais do que apenas uma aventura espacial.

UMA EXPERIÊNCIA INCRÍVEL!

Gostaria de exaltar a parceria incrível entre a Rádio Unama FM e o projeto O Véio Nerd, idealizado pelo jornalista que vos escreve, que me permitiu assistir "Guardiões da Galáxia Volume 3" no Cinesystem Ananindeua. 

As salas de cinema do Cinesystem, localizadas no Shopping Metrópole, são simplesmente as melhores da Região Metropolitana de Belém, oferecendo uma experiência única aos espectadores. Convido todos a conhecerem essas salas e desfrutarem também de um momento incrível na telona. 

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