NONA ARTE EM FESTA
A Fundação Cultural do Pará (FCP) realizou entre os últimos dias 30 de janeiro e 2 de fevereiro a X Semana do Quadrinho Nacional, em comemoração ao Dia do Quadrinho Nacional. O evento foi realizado na Praça do Povo, no Centur, em Belém, com uma programação gratuita que incluiu workshops, exposições e sessões de autógrafos.
O objetivo, segundo a organização, foi oferecer conhecimento, informação, entretenimento, estímulo à leitura e à produção de histórias em quadrinhos, destacando e valorizando as HQs produzidas no Brasil, com foco especial no Estado do Pará e na região Norte.
Flávio Rodrigues é natural do município de Peixe Boi, no interior do Pará. Ele desenha pra editoras da América do Norte - uma do Canadá e outra dos Estados Unidos. Ele entende que eventos como esse poderiam ter uma visibilidade ainda maior e receber mais atenção quanto à divulgação. “Tem muita gente produzindo quadrinhos de qualidade no Estado do Pará. Esperamos que esses artistas tenham cada vez mais visibilidade e que a Semana do Quadrinho Nacional de Belém se estenda a outros eventos durante o ano”, apontou.
Jorge Ramos, técnico em gestão cultural da Biblioteca Pública Arthur Vianna, destacou a importância do evento em fomentar e difundir a produção de quadrinhos e ilustrações do cenário paraense. “A Semana do Quadrinho cumpriu seu papel de destacar e homenagear diversos artistas, não apenas por meio de oficinas, exposições e debates, mas também na utilização das ilustrações dos artistas que expuseram sua arte”, disse
A quadrinista paraense Helô Rodrigues teve um com suas ilustrações em exibição para os visitantes durante todo o evento. A parceria com o Coletivo BRT também foi fundamental para o sucesso da X edição, a partir da organização de inúmeras atividades e da criação da marca oficial do evento, que discutiu a urbanidade caótica da Amazônia através das histórias em quadrinhos.
A Semana do Quadrinho Nacional da FCP consolidou-se como um evento regular desde 2015, celebrando a primeira história em quadrinhos lançada no Brasil em 30 de janeiro de 1869. Diversos temas foram abordados ao longo das edições, desde questões relacionadas à produção, mercado e linguagem, até pesquisas acadêmicas sobre quadrinhos e temas atuais, como representatividade negra e feminina nas HQs.
Para a quadrinista Gyselle Kowalski - que adaptou para os quadrinhos a obra Nosferatu, filme alemão de 1922, dirigido por Friedrich Wilhelm Murnau - as feiras de quadrinhos tendem a se espalhar por todo o Estado do Pará a partir de uma divulgação mais eficaz. “Quando trazemos nossas obras para eventos como esse a troca de conhecimentos é fantástica. Mas, precisamos que todos saibam que esses eventos existem”, ponderou.
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